http://repositorio.unb.br/handle/10482/48485
File | Description | Size | Format | |
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MauricioPessoaDeMoraisFilho_DISSERT.pdf | 1,15 MB | Adobe PDF | View/Open |
Title: | Raça, dor, silêncio : dimensões bioéticas da (não) terapêutica da dor de vidas colonizadas |
Other Titles: | Race, pain, silence : bioethical dimensions of (non) therapeutic pain in colonized lives |
Authors: | Morais Filho, Mauricio Pessoa de |
Orientador(es):: | Pyrrho, Monique |
Assunto:: | Racismo Dor - tratamento Bioética |
Issue Date: | 1-Jul-2024 |
Data de defesa:: | 15-Dec-2023 |
Citation: | MORAIS FILHO, Mauricio Pessoa de. Raça, dor, silêncio: dimensões bioéticas da (não) terapêutica da dor de vidas colonizadas. 2023. 125 f., il. Dissertação (Mestrado em Bioética) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. |
Abstract: | A presente dissertação tem como objetivo geral analisar, do ponto de vista da bioética, a relação entre raça e tratamento da dor. Trata-se de uma abordagem multidimensional com três exercícios metodológicos. Inicialmente, uma revisão narrativa da categoria bioética de pessoa humana que busca compreender os efeitos da organização da disciplina em torno de uma categoria de pretensão universal diante da necessidade de enfrentar as disparidades raciais em saúde. Em seguida, uma revisão integrativa de literatura que analisa estudos empíricos em bases de dados científicas para verificar a existência de disparidade racial no tratamento da dor no Brasil e no mundo. Por último, um relato de experiência que apresenta as limitações, silenciamentos e violências que atravessam o estudo da relação entre raça e dor no país. Como resultado da revisão narrativa, elencam-se os efeitos de hierarquização de humanidades gerados pela perspectiva eurocêntrica da categoria de pessoa humana. Consequentemente, destaca-se a importância de desafiar as presentes hegemonias epistêmicas e decolonizar o pensamento bioético buscando categorias mais atinentes à dor em vidas periféricas e racializadas. Como resultado da revisão de literatura científica sobre raça e tratamento da dor, revela-se que 93,6% dela vem dos EUA, e que inexiste no Brasil. Não brancos, especialmente negros, foram submetidos a piores parâmetros de qualidade de tratamento em todos os desfechos avaliados. Recebem menos frequentemente prescrição de analgesia, em geral, e de opioides, especificamente, menor dosagem de medicação, esperam mais tempo para receber analgesia e são mais vigiados quanto ao uso e abuso de medicamentos. Por último, o relato da experiência expõe a não identidade entre os formatos academicamente prescritos para descrever um experimento e a experiência de conduzir uma pesquisa sobre raça e dor no Brasil. Assim, são abordadas as diversas estratégias e argumentos que silenciam a existência do racismo no tratamento da dor no País, como a ameaça da crise de opioides e os obstáculos à pesquisa e publicação sobre o tema. A existência de dados estratificados por raça sobre o manejo da dor são indispensáveis para práticas e políticas antirracistas em saúde. |
Abstract: | The present research aims to analyze, from the bioethics point of view, the relationship between race and pain treatment. It is a multidimensional approach with three methodological exercises. Initially, the narrative review of the bioethical category of human person seeks to understand the effects of organizing this subject around a category that intends to be universal, due the necessity to confront racial disparities in health. Next, the integrative literature review analyzes empirical studies in scientific databases to verify the existence of racial disparities in the pain treatment in Brazil and around the world. Finally, the experience report presents the issues, silencing and violence that permeate the studies of race and pain related in the country. As the result of the narrative review, the effects of the hierarchization of humanities, generated by the Eurocentric perspective of the category of human being, are listed. Consequently, stands out the importance of facing the current epistemic hegemonies and decolonizing the bioethical thinking by seeking more pertinent categories related to pain in peripheral and racialized lives. As the result of the review of the scientific literature about race and pain treatment, it shows that 93.6% of the researches comes from the USA, and also reveals that this kind of research does not exist in Brazil. Nonwhite, especially black people, were subjected to worse treatment quality parameters in all evaluated outcomes. In general, there are less analgesia, specially opioids, prescribed for them and also they need to wait longer to receive analgesia and are more monitored regarding the use and abuse of medications as well. Finally, the experience report exposes the non-identity between the academically prescribed formats for describing an experiment and the experience of conducting a research about race and pain in Brazil. Therefore, the various strategies and arguments that silence the existence of racism in the treatment of pain in the country are addressed, such as the threat of the opioid crisis and the obstacles to research and publish about this topic. The existence of stratified data by race on the pain management is essential for anti-racist health practices and policies. |
metadata.dc.description.unidade: | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) |
Description: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Bioética, 2023. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Bioética |
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Appears in Collections: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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