Teste do pêndulo com o uso do sensor inercial para investigação do tônus muscular em pessoas com acidente vascular cerebral

Abstract

Acidentes vasculares cerebrais causam alterações em diversos domínios, por isso, a necessidade de avaliações que gerem resultados funcionais precisa ser explorada. O objetivo deste estudo foi investigar, o uso do sensor inercial com o teste do pêndulo para membro superior e a correlação das variáveis viscoelásticas com as principais escalas clínicas Fugl Meyer (FM), Motor Activity Log (MAL) e Escala Modificada de Ashworth (EMA). Foram coletados os dados dos ângulos da articulação do cotovelo e as variáveis que indicam propriedades viscoelásticas, rigidez (K), amortecimento (B), E1 amp, F1 amp e índices de relaxamento foram coletados. A escala Fugl Meyer mostrou correlações significativas com o escore de quantidade de uso MAL (r = 0,89, p = 0,01) e o escore de qualidade de uso MAL (r = 0,93, p = 0,008). A pontuação da quantidade de uso da MAL se correlaciona com a pontuação da qualidade de uso da MAL (r = 0,93, p = 0,05) e com a frequência natural (r = 0,85, p = 0,024). A variável E1 amp se correlaciona com F1 AMP (r = −0,86, p = 0,024) e RI (r = −0,86, p = 0,024), enquanto F1 amp se correlaciona com ERI (r = −0,86, p = 0,024). Houve também correlação entre a frequência natural e K (r = 0,96, p = 0,003). Demonstramos como a tecnologia de sensores inerciais com variáveis clínicas, aliada ao teste do pêndulo simples, pode ser usada para gerar um índice clinicamente significativo no futuro, mas também propôs um método que oferece aos pacientes em reabilitação a oportunidade de monitorar a rigidez.