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Veuillez utiliser cette adresse pour citer ce document : http://repositorio.unb.br/handle/10482/49638
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Titre: Uma experiência italiana: da descoberta de um Gramsci visionário ao encontro com a política criada e protagonizada por mulheres
Auteur(s): Mendes, Gigliola
Orientador(es):: Moura, Alex Sandro Calheiros de
Assunto:: Gramsci, Antonio, 1891-1937
Filosofia italiana
Mulheres
Feminismo da diferença italiano
Irigaray, Luce, 1930-
Date de publication: 7-aoû-2024
Référence bibliographique: MENDES, Gigliola. Uma experiência italiana: da descoberta de um Gramsci visionário ao encontro com a política criada e protagonizada por mulheres. 2022. 470 f. Tese (Doutorado em Filosofia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023.
Résumé: O trabalho apresenta a relação de Gramsci com algumas das mulheres que passaram por sua vida e deixaram marcas em sua formação intelectual e moral e em sua práxis revolucionária; bem como em suas categorias, que puderam ser desenvolvidas e/ou aprofundadas em função dos frutos das relações com elas. A partir dessa perspectiva, mapeamos o movimento de construção de seu pensamento sobre as mulheres, capaz de antecipar, em certa medida, o percurso que o próprio movimento de mulheres tecerá para si, em especial na segunda metade do século XX. Propõe-se inicialmente uma reflexão sobre a formação juvenil de Antonio Gramsci na Sardenha e as razões de possuir referências femininas tão marcantes. Em seguida, explora-se a reflexão de Gramsci sobre a peça Casa de Bonecas de Ibsen, destacando-se seu interesse pela transformação moral e intelectual das mulheres. Ao colocar foco sobre as companheiras de militância (e também de afetos) de Gramsci, a investigação exibe relações mais horizontais entre o sardo e as mulheres, apresentando suas influências nas criações políticas e intelectuais do pensador, para enfim conectá-las com as três irmãs Schucht, as russas cujas histórias se entrelaçam com a dele, destacando a perspectiva do amor como potência criadora. Em linhas mais gerais, penso a dinâmica complexa da relação entre feminismo e marxismo nos séculos XIX e XX, para, em seguida, explorar a reflexão gramsciana sobre as mulheres em suas obras do cárcere, considerando que suas categorias subalternidade e hegemonia são caminhos fecundos e atuais para aproximar a obra do sardo com o feminismo. Em busca dessas ligações, investigo a importância da rebeldia para a luta política das mulheres, na Europa e, em particular, na Itália, a partir do século XIX, uma rebeldia que levou à construção das duas culturas políticas das mulheres italianas – o emancipacionismo e o neofeminismo. Conecto-as, por fim, ao feminismo da diferença italiano – em especial da Libreria delle Donne di Milano e da comunidade filosófica feminina Diotima, que trabalham a criação da diferença ou a efetivação do sentido livre da diferença – culminando na Carta delle donne, um projeto coletivo de conciliação entre tais culturas.
Abstract: The thesis presents Gramsci's relationship with some of the women who passed through his life and left their marks on his intellectual and moral formation and on his revolutionary praxis; as well as in his categories, which could be developed and/or deepened according to the results of his relationships with them. From this perspective, we mapped the building of his thinking about women, believing it anticipated, to a certain extent, the path that the women's movement would weave for itself, especially in the second half of the 20th century. Initially, a reflection is proposed on Antonio Gramsci's youth formation in Sardinia and on the reasons for having such strong female references. Next, Gramsci's reflection on Ibsen's play A Doll's House is explored, highlighting his interest in the moral and intellectual transformation of women. By focusing Gramsci's militancy (and also affectionate) companions, the investigation displays more horizontal relationships between the Sardinian thinker and women, presenting their influences on his political and intellectual creations, to finally connect them with the three Schucht sisters, Russian women whose stories intertwine with his, highlighting the perspective of love as a creative power. In more general terms, I think about the complex dynamics of the relationship between feminism and Marxism in the 19th and 20th centuries, to then explore Gramsci's reflection on women in his prison works, considering that his subalternity and hegemony categories are fruitful and current ways to approximate the Sardinian's work to feminism. In search of these connections, I investigate the importance of rebellion for the political struggle of women, in Europe and particularly in Italy, from the 19th century onwards, a rebellion that led to the construction of two political cultures of Italian women – emancipationism and the neofeminism. Finally, I connect them to the Italian feminism of difference – in particular the Libreria delle Donne di Milano (Milan Women’s Bookshop) and the Diotima female philosophical community, which work on creating difference or building effectiveness to the free meaning of difference – culminating in the Carta delle donne (Women’s Chart), a collective project of conciliation between such cultures.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Ciências Humanas (ICH)
Departamento de Filosofia (ICH FIL)
Description: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2022.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Collection(s) :Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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