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Titre: A pessoa com deficiência como ser social : aproximações à teoria social de Marx
Auteur(s): Santos, Samir Almeida
Orientador(es):: Pereira, Camila Potyara
Assunto:: Pessoas com deficiência
Teoria social
Trabalho
Date de publication: 15-aoû-2024
Référence bibliographique: SANTOS, Samir Almeida. A pessoa com deficiência como ser social: aproximações à teoria social de Marx. 2024. 177 f. Tese (Doutorado em Política Social) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Résumé: Neste trabalho, se discute a relevância da categoria marxiana ser social para a construção da identidade da pessoa com deficiência, analisando na história o distanciamento das pessoas com alguma deficiência do trabalho – categoria fundante da teoria social de Marx – na constituição de sua humanidade. A pesquisa aferiu que os modelos de compreensão da deficiência (modelo religioso, modelo biomédico e modelo social), conceitos em disputa para explicar a experiência social da pessoa com deficiência no decorrer da história não guardam interlocução com a ontologia do ser social de Marx, pois o trabalho em seu caráter produtivo se apresenta na vida dessas pessoas ora como forma de controle social, ora como direito, ora como força para o exército industrial de reserva, enquanto seu caráter ontológico, dimensão fundante do ser social, é continuamente confrontado e subjugado às suas limitações e sua produtividade reduzida para o sistema da mais-valia. Também fora problematizado que as conquistas civilizatórias alcançadas em decorrência das lutas por direitos das pessoas com deficiência (PCD), especialmente após a década de 1970, encontra robustos obstáculos no próprio modo de produção capitalista, cada vez mais desumano e recrudescido pelo avanço do fascismo e da ideologia da nova direita, especialmente no Brasil. Ao se concluir que as categorias recorrentemente presentes na experiência histórica da PCD são pobreza, comiseração, alienação e, após a consolidação do capitalismo como modo de produção, o capacitismo, verifica-se que as relações com as políticas de proteção social capitalista não asseguram, nullo modo, o status pleno dos direitos de cidadania, posto que seu modelo é residual e focalizado. Conclui-se que a fundação de uma nova forma de trabalho a partir da luta solidária e consciente no âmbito da sociedade de classes poderá efetivamente dar sentido a uma inclusão plena das pessoas com deficiência na ontologia do ser social.
Abstract: In this work, the relevance of the Marxian category of social being for the construction of the identity of people with disabilities is discussed, analyzing in history the distance of people with some disability from work – the founding category of Marx's social theory – in the constitution of their humanity. The research found that the disability models (religious model, biomedical model and social model), concepts in dispute to explain the social experience of people with disabilities throughout history, do not maintain an interlocution with Marx's ontology of social being, as work in its productive character presents itself in the lives of these people, sometimes as a form of social control, sometimes as a right, sometimes as a force for the industrial reserve army, while its ontological character, the founding dimension of social being, is continually confronted and subjugated to the PCD limitations and its reduced productivity for the surplus value system. It was also problematized that the civilizing achievements reached as a result of the struggles for the rights of people with disabilities (PWD-PCD), especially after the 1970s, encounter robust obstacles in the capitalist mode of production itself, increasingly inhumane and intensified by the advance of fascism and of the ideology of the new right, especially in Brazil. When concluding that the categories recurrently present in the historical experience of PCD are poverty, commiseration, alienation and, after the consolidation of capitalism as a mode of production, ableism, it appears that relations with capitalist social protection policies do not ensure, nullo modo, the full status of citizenship rights, since its model is residual and focused. It is concluded that the foundation of a new form of work based on the solidary and conscious struggle within class society can effectively give meaning to the full inclusion of people with disabilities in the ontology of social being.
In this work, the relevance of the Marxian category of social being for the construction of the identity of people with disabilities is discussed, analyzing in history the distance of people with some disability from work – the founding category of Marx's social theory – in the constitution of their humanity. The research found that the disability models (religious model, biomedical model and social model), concepts in dispute to explain the social experience of people with disabilities throughout history, do not maintain an interlocution with Marx's ontology of social being, as work in its productive character presents itself in the lives of these people, sometimes as a form of social control, sometimes as a right, sometimes as a force for the industrial reserve army, while its ontological character, the founding dimension of social being, is continually confronted and subjugated to the PCD limitations and its reduced productivity for the surplus value system. It was also problematized that the civilizing achievements reached as a result of the struggles for the rights of people with disabilities (PWD-PCD), especially after the 1970s, encounter robust obstacles in the capitalist mode of production itself, increasingly inhumane and intensified by the advance of fascism and of the ideology of the new right, especially in Brazil. When concluding that the categories recurrently present in the historical experience of PCD are poverty, commiseration, alienation and, after the consolidation of capitalism as a mode of production, ableism, it appears that relations with capitalist social protection policies do not ensure, nullo modo, the full status of citizenship rights, since its model is residual and focused. It is concluded that the foundation of a new form of work based on the solidary and conscious struggle within class society can effectively give meaning to the full inclusion of people with disabilities in the ontology of social being.En este trabajo se discute la relevancia de la categoría marxiana de el ser social para la construcción de la identidad de las personas con discapacidad, analizando en la historia la distancia de las personas con alguna discapacidad del trabajo –categoría fundacional de la teoría social de Marx– en la constitución. de su humanidad. La investigación encontró que los modelos de comprensión de la discapacidad (modelo religioso, modelo biomédico y modelo social), conceptos en disputa para explicar la experiencia social de las personas con discapacidad a lo largo de la historia, no mantienen una interlocución con la ontología del ser social de Marx, como trabajan en su carácter productivo se presenta en las vidas de estas personas a veces como una forma de control social, a veces como un derecho, a veces como una fuerza para el ejército industrial de reserva, mientras que su carácter ontológico, la dimensión fundacional del ser social, es continuamente confrontado y sometida a sus limitaciones y a su reducida productividad para el sistema de plusvalía. También se problematizó que los logros civilizadores alcanzados como resultado de las luchas por los derechos de las personas con discapacidad (PCD), especialmente después de la década de 1970, encuentran fuertes obstáculos en el propio modo de producción capitalista, cada vez más inhumano e intensificado por el avance de fascismo en la sociedade y de la ideología de la nueva derecha, especialmente en Brasil. Al concluir que las categorías recurrentemente presentes en la experiencia histórica de las personas con discapacidad son la pobreza, la conmiseración, la alienación y, tras la consolidación del capitalismo como modo de producción, el capacitismo, parece que las relaciones con las políticas capitalistas de protección social no aseguran, nullo modo, el estatus pleno de los derechos de ciudadanía, ya que su modelo es residual y focalizado. Se concluye que la fundación de una nueva forma de trabajo basada en la solidaridad y la lucha consciente dentro de la sociedad de clases puede efectivamente dar sentido a la inclusión plena de las personas con discapacidad en la ontología del ser social.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Ciências Humanas (ICH)
Departamento de Serviço Social (ICH SER)
Description: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2024.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Política Social
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Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Collection(s) :Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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