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Título : Associação da depressão com variáveis de domínio físico em mulheres com esclerose múltipla
Autor : Machado, Eduarda Faria Abrahão
Orientador(es):: David, Ana Cristina de
Coorientador(es):: Mendes, Felipe Augusto dos Santos
Assunto:: Atividade física; fadiga
Esclerose múltipla
Saúde da mulher
Depressão mental - sintomas
Depressão mental - tratamento
Fecha de publicación : 19-nov-2024
Citación : MACHADO, Eduarda Faria Abrahão. Associação da depressão com variáveis de domínio físico em mulheres com esclerose múltipla. 2024. 115 f., il. Tese (Doutorado em Educação Física) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Resumen : INTRODUÇÃO: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença imuno mediada, que afeta a bainha de mielina de neurônios localizados no Sistema Nervoso Central (SNC), apresentando caráter inflamatório, desmielinizante e neurodegenerativo. No Brasil, a EM afeta cerca de 8,6 pessoas a cada 100 mil habitantes. É a doença neurodegenerativa que mais afeta adultos jovens em todo o mundo, atingindo aproximadamente 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo, tendo maior prevalência no sexo feminino. Com a progressão da doença as pessoas com EM desenvolvem déficits no equilíbrio postural, fadiga, alteração de mobilidade e de humor. A depressão clinicamente significativa afeta aproximadamente 50% dessa população. Assim, os sintomas depressivos parecem exercer efeitos diretos e indiretos em pessoas com EM podendo agravar ainda mais os déficits cognitivos e motores dessa população, para além dos déficits psicossociais. OBJETIVO: A presente tese foi elaborada a fim de avaliar a associação de variáveis de domínio psicossocial, principalmente a depressão, com variáveis predominantes de domínio físico. MÉTODOS: Realizamos 3 estudos e os apresentamos em formato de artigos científicos com diferentes objetivos a fim de compreender essas relações. O primeiro artigo é um estudo transversal que objetivou avaliar a influência dos diferentes níveis de atividade física [questionário de Baecke] no equilíbrio postural [avaliado por posturografia], de 25 mulheres com EM e, adicionalmente, avaliamos a mobilidade [T25FW e TUG], severidade e impacto da fadiga [FSS e MFIS] e funcionalidade/qualidade de vida [FAMS] dessas mulheres. O segundo artigo é um estudo longitudinal que foi realizado no período da pandemia da Covid-19. Nele foi verificado o comportamento após isolamento social, comparado com momento prévio à pandemia, da depressão pelo inventário de Beck (BECK-II), da severidade da fadiga [FSS] e seu impacto [MFIS], do equilíbrio postural [avaliado por posturografia] e do desempenho da caminhada [T25FW] de 15 mulheres com EM. O terceiro artigo é um estudo transversal que comparou 78 mulheres de 3 diferentes grupos, sendo mulheres com EM e depressão, mulheres com EM sem depressão e o grupo controle de mulheres sem EM, onde foi investigada a associação da depressão com o comportamento sedentário. Para isso avaliamos a depressão pelo inventário de Beck (BECK-II), nível de atividade física e comportamento sedentário [pelo IPAQ - Questionário internacional de atividade física]. Adicionalmente avaliamos o equilíbrio postural, desempenho da caminhada curta, severidade e impacto da fadiga. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No primeiro artigo encontramos associação entre nível de atividade física e equilíbrio postural em mulheres com EM e incapacidade leve e moderada. Sugerindo que um aumento no nível de atividade física resulta em melhor equilíbrio postural. No segundo artigo encontramos uma melhora dos sintomas depressivos e de percepção da fadiga no retorno às atividades sociais em mulheres com EM mostrando a importância do convívio social. E finalmente, no artigo 3, encontramos forte associação entre depressão e comportamento sedentário, além também da associação da depressão com fadiga. Dessa forma, sugere-se que a presença da depressão pode impactar negativamente a percepção da fadiga e, principalmente, resultar em um maior tempo em comportamento sedentário. O tratamento da depressão em mulheres com EM deve ser multidisciplinar para sua maior efetividade. É importante o olhar para além das variáveis do domínio psicossocial.
Abstract: INTRODUCTION: Multiple Sclerosis (MS) is an immune-mediated disease that affects the myelin sheath of neurons located in the Central Nervous System (CNS), presenting an inflammatory, demyelinating and neurodegenerative character. In Brazil, MS affects around 8.6 people per 100,000 inhabitants. It is the neurodegenerative disease that most affects young adults worldwide, affecting approximately 2.3 million people worldwide, with a higher prevalence in females. As the disease progresses, people with MS develop deficits in postural balance, fatigue, and changes in mobility and mood. Clinically significant depression affects approximately 50% of this population. Thus, depressive symptoms seem to have direct and indirect effects on people with MS (pwMS) and may further aggravate the deficits of this population beyond the psychosocial domain. OBJECTIVE: This thesis was developed to evaluate the association of variables in the psychosocial domain, mainly depression, with predominant variables in the physical domain. METHODS: We did 3 studies and presented them in the format of scientific articles with different aims to understand these relationships. The first article is a cross-sectional study that aimed to evaluate the influence of different levels of physical activity [Baecke questionnaire] on postural balance [posturography] of 25 women with MS and, additionally, we evaluated mobility [25-foot walk test and timed up and go], severity and impact of fatigue [FSS and MFIS] and functionality/quality of life [FAMS] of these women. The second article is a longitudinal study that was developed during the Covid19 pandemic. It assessed, before and after social isolation, depression using the Beck inventory (BECK-II), severity of fatigue [FSS] and its impact [MFIS], postural balance [posturography] and walking [25-foot walk test] of 15 women with MS. The third article is a cross-sectional study that compared 78 women from 3 different groups: women with MS and depression, women with MS without depression and a control group of women without MS, where the association of depression with sedentary behavior was investigated. To do this, we assessed depression using the Beck inventory (BECK-II), level of physical activity and sedentary behavior using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Additionally, we assessed postural balance (posturography), short walking performance, severity and impact of fatigue. FINAL CONSIDERATIONS: In the first article we found a relationship between physical activity level and postural balance in women with MS and mild and moderate disability. In the second article we found an improvement in depressive symptoms and perception of fatigue upon return to social activities in women with MS and inability to walk. And finally, in article 3, we found a difference in the comparison between groups of women with and without depression, and strong association between depression and sedentary behavior. Suggesting that the presence of depression in MS may result in greater time spent in sedentary behavior. The treatment of depression in women with MS is very important and must be multidisciplinary for its greatest effectiveness. It is important to look beyond variables in the psychosocial domain, as the relationship between depression and variables in the physical domain exists.
metadata.dc.description.unidade: Faculdade de Educação Física (FEF)
Descripción : Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, 2024.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Educação Física
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Aparece en las colecciones: Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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