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Title: Argumentos (EPP) nulos no português do Brasil em contextos oracionais finitos e infinitos
Authors: Rabelo, Poliana Camargo
Orientador(es):: Salles, Heloísa Maria Moreira Lima de Almeida
Assunto:: Língua portuguesa - verbos
Gramática
Issue Date: 9-Mar-2011
Citation: RABELO, Poliana Camargo. Argumentos (EPP) nulos no português do Brasil em contextos oracionais finitos e infinitos. 2010. 216 f. Tese (Doutorado em Linguística)-Universidade de Brasília, Brasília, 2010.
Abstract: Esta tese discute o sujeito nulo no português do Brasil (PB), em contextos oracionais finitos e infinitivos, com foco no fenômeno denominado controle. O controle é um fenômeno de correferência (obrigatória) entre um sujeito (nulo) de uma oração (subordinada) e um argumento da oração matriz. Esse fenômeno é frequentemente observado, nas línguas em geral, em contextos não finitos (entre os quais, incluem-se as orações infinitivas). Diversos estudos, entretanto, mostram que no PB esse fenômeno é observado, também, em contextos oracionais finitos, principalmente em orações encaixadas indicativas, quando o sujeito nulo é de 3ª pessoa. Essa propriedade do PB destaca-se no âmbito das línguas românicas (de sujeito nulo), já que nessas línguas o sujeito nulo (de qualquer pessoa) recebe uma interpretação definida/específica. O objetivo desta tese é prover análise que explique a ocorrência do controle nesses contextos. Para tanto, adota-se o quadro teórico da gramática gerativa, mais especificamente aquele desenvolvido por Manzini & Savoia (2005, 2007), o qual unifica os níveis de análise morfológico e sintático. A proposta desenvolvida neste trabalho consiste em considerar que o afixo de pessoa realiza o sujeito no PB e que a interpretação de controle encontrada em orações finitas decorre das especificações lexicais do morfema de concordância de 3ª pessoa, o que leva a crer que há, nessa língua, uma cisão de pessoa. Essa cisão, que alinha, de um lado, 1ª e 2ª pessoas, opondo-as, por outro lado, à 3ª pessoa, abrange outros contextos linguísticos, especialmente aqueles que envolvem a realização de funções gramaticais da oração por pronomes. A análise de que o sujeito é realizado pelo afixo de concordância número-pessoal é estendida ao infinitivo flexionado. Em relação às orações infinitivas, propõe-se, ainda, que o morfema -r é especificado para modo irrealis. Nesse caso, se o infinitivo é impessoal, considera-se que o argumento EPP desse predicado não é realizado sintaticamente, o que significa que esse argumento é uma variável a ser valorada (na interface interpretativa). A valoração dessa variável pode se dar por meio da ligação com um DP na oração matriz ou da ligação por um operador responsável pela interpretação genérica. A interpretação ligada é obrigatória em um subgrupo de orações infinitivas. Isso se deve, por hipótese, à aplicação do fenômeno da reestruturação, observado em contextos de dependência entre oração encaixada (sem tempo) e oração matriz. O controle, então, é tratado como decorrente do fato de o argumento EPP de um predicado ser uma variável. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT
This thesis addresses the syntax of null subjects in BP in finite and non-finite contexts, focusing on the phenomenon of control. Control consists of an obligatory coreferential relation between the null subject of an embedded clause and an argument in the matrix clause. This phenomenon is pervasively found crosslinguistically in non-finite contexts, among which the infinitive clauses are found. Nevertheless, various studies show that in BP this phenomenon is also found in finite clauses, mainly in indicative ones, whenever the subject is a null 3rd person one. This property of BP is quite isolated among (null subject) Romance languages, given that in the latter the null subject always receives a definite/specific interpretation, regardless of the person specification. The aim of this thesis is to provide an analysis for the occurrence of control in these contexts in BP, as opposed to the other contexts involving control, which are also found in the other Romance languages. In the analysis, the framework developed in Manzini & Savoia (2005, 2007) is adopted, which is based on the assumption that the morphological and syntactic levels are unified. The analysis presently proposed is that the person affix realizes the subject in BP, the control interpretation found in finite clauses being determined by the lexical specifications of the 3rd person agreement morpheme, which implies that a person split is found in this language. This split, which groups 1st and 2nd person, on the one hand, and 3rd person, on the other hand, is found in other syntactic contexts, particularly those involving the realization of grammatical functions by pronouns. The approach according to which the subject is realized by the person-number affix is extended to the contexts involving the inflected infinitive. Regarding infinitive clauses, it is further proposed that the morpheme –r is specified for irrealis mood. Accordingly, if the infinitive is non-inflected, it is assumed that the EPP argument of this predicate is not syntactically projected, which implies that this argument is interpreted as a variable, which will be assigned an interpretation at the appropriate interface. The variable will receive a value through binding either by an argument in the matrix clause or by a generic operator. The bound interpretation is obligatory in a subset of infinitive clauses. By hypothesis, this is so because of the application of restructuring, found in contexts of tense dependency between the embedded clause (which is not marked for tense) and the matrix clause. Control is thus analysed as arising in contexts in which the EPP argument of a predicate is a variable.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Letras (IL)
Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP)
Description: Tese (doutorado)-Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Lingüística, Português e Línguas Clássicas, 2010.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Linguística
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