http://repositorio.unb.br/handle/10482/7935
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Título : | Efeito da dose da sinvastatina na inflamação e função endotelial durante o infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST |
Autor : | Santos, Simone Nascimento dos |
Orientador(es):: | Sposito, Andrei Carvalho |
Assunto:: | Infarto do miocárdio Coronariopatias Coração - doenças |
Fecha de publicación : | 21-may-2011 |
Data de defesa:: | 7-jun-2010 |
Citación : | SANTOS, Simone Nascimento dos. Efeito da dose da sinvastatina na inflamação e função endotelial durante o infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST. 2010. 64 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)-Universidade de Brasília, Brasília, 2010. |
Resumen : | Fundamentos: O benefício do uso de estatinas em pacientes que sofreram eventos coronarianos já foi extensamente provado. Em contraste, não está comprovado se esse benefício pode ser maximizado pela prescrição precoce das estatinas, na fase aguda da síndrome coronariana (SCA). O arrazoado para tal efeito precoce está na capacidade destes fármacos em reduzir a inflamação e melhorar a função endotelial, dentre outros mecanismos. Durante a SCA, observa-se exacerbação da inflamação sistêmica e, consequentemente, elevação do nível plasmático da proteína C-reativa (PCR), um reagente de fase aguda preditor de mortalidade cardiovascular. Como resposta à inflamação sistêmica, a disfunção endotelial coronariana e sistêmica parece acompanhar todas as formas de SCA. As estatinas têm demonstrado efeito na atenuação da atividade inflamatória e na melhora da função endotelial em pacientes com doença coronariana estável. Torna-se, portanto, plausível que a administração de estatina, prescrita na fase aguda da SCA, possa influenciar a resposta inflamatória e a função endotelial sistêmicas e, com esses efeitos, atuar beneficamente na evolução pós evento. Objetivos: (1) testar a hipótese de que a estatina, prescrita precocemente, influencie de forma dose-dependente a resposta inflamatória da fase aguda do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM); (2) testar a hipótese de que a dose de estatina, prescrita precocemente, atenue a disfunção endotelial tardia, avaliada 30 dias após o IAM. Material, Métodos e Casuística: 86 pacientes consecutivos, admitidos com menos de 24 horas do início dos sintomas de IAM com elevação do segmento ST e evidências de necrose miocárdica, foram alocados para não receber sinvastatina ou receber sinvastatina 20, 40 ou 80 mg/dia nos primeiros sete dias após IAM. Os pacientes foram assim divididos em 4 grupos separadamente: sem sinvastatina (SS), 20mg/dia de sinvastatina (S20), 40mg/dia (S40) e 80mg/dia (S80). Após este período, todos receberam sinvastatina 20mg/dia por mais três semanas e foram submetidos a avaliação da função endotelial, sendo medidas dilatação fluxo-mediada (DFM) e dilatação nitrato-mediada (DNM) da artéria braquial, através do teste de reatividade braquial. Foram realizadas dosagens de PCR nos sete primeiros dias e no trigésimo dia do IAM. Resultados: (1) Os níveis de PCR na admissão não foram diferentes entre os grupos (SS 1.2 (0.6-1.4)mg/dl, S20 1.1 (0.5-1.9)mg/dl, S40 1.0 (0.4-1.2)mg/dl, S80 1.0 ± (0.2-1.6)mg/dl p=0,9). Houve rápido aumento da PCR nas primeiras 24 horas, seguido de um aumento menos acentuado, e com pico entre o quarto e quinto dias após início do IAM. O efeito das diferentes doses de sinvastatina na PCR ficou evidente a partir do segundo dia de tratamento (SS 12.0 (11.0-13.8)mg/dl, S20 7.5 (4.0-9.9)mg/dl, S40 2.4 (1.0-2.8)mg/dl, S80 1.4 (0.6-1.8)mg/dl p<0,0001). O teste Friedman para medidas repetidas, comparando as curvas, mostrou que a atenuação da resposta inflamatória foi distinta e proporcional à dose de sinvastatina utilizada (p<0,0001). (2) Trinta dias após o IAM, todos os grupos de pacientes tratados com sinvastatina tinham valores maiores de DFM do que os pacientes que não usaram sinvastatina (p<0,005). Além disso, a DFM foi diretamente proporcional à dose de sinvastatina utilizada. A DNM foi maior no S80 do que no SS (p<0,05). Conclusões: (1) na fase aguda do IAM, o tratamento com estatina reduz a resposta inflamatória, expressa pelos níveis de PCR, sendo essa redução dose-dependente; (2) Independente da dose de estatina prescrita na alta hospitalar, o uso de estatina nos primeiros sete dias do IAM, melhora a função endotelial 30 dias após o IAM, expressa pela DFM, sendo essa melhora dose-dependente. ________________________________________________________________________________ ABSTRACT Background: The benefit of using statins in patients who had a prior coronary event has been extensively tested. In contrast, it is not established whether this benefit can be maximized by early prescription of statins during the acute phase of the acute coronary syndrome (ACS). The rational for this early effect is the ability of these drugs to reduce inflammation and improve endothelial function, among other mechanisms. During the ACS, there is exacerbation of systemic inflammation and, consequently, elevation of plasma levels of C-reactive protein (CRP), an acute phase reactant predictor of cardiovascular mortality. In response to systemic inflammation, systemic and coronary endothelial dysfunction seems to accompany all forms of ACS. Statins have proven effect in alleviating the inflammatory activity and improving endothelial function in patients with stable coronary disease. It is therefore plausible that the administration of statins, prescribed in the acute phase of ACS, could influence the inflammatory response and by this way systemic endothelial function. This hypothesis remains unproved to date. Objectives: (1) test the hypothesis that statins, administered in the early hours after acute myocardial Infarction (AMI) symptoms iniciation, influence in a dose-dependent manner the systemic inflammatory response; and (2) test the hypothesis that the early administration of statin attenuates endothelial dysfunction lately, 30 days after AMI. Material, Methods and Patients: 86 consecutive patients admitted within 24 hours of symptom onset of AMI with ST segment elevation and evidence of myocardial necrosis, were allocated not to receive simvastatin or to receive simvastatin at 20, 40 or 80 mg/day in the first seven days after AMI. Patients were then divided into 4 groups: without simvastatin (SS), 20 mg of simvastatin per day (S20), 40 mg/day (S40) or 80 mg/day (S80). After this period, all patients equally received simvastatin 20 mg/day for additional three weeks and underwent assessment of endothelial function via measuring the flow-mediated dilatation (FMD) and nitrate-mediated dilation (NMD) of brachial artery through the brachial reactivity test. Dosages of plasma CRP was performed in all patients in the first seven days and at the thirty day after AMI. Results: (1) CRP levels at admission were not different between groups (SS 1.2 (0.6-1.4)mg/dl, S20 1.1 (0.5-1.9)mg/dl, S40 1.0 (0.4-1.2)mg/dl, S80 1.0 ± (0.2-1.6)mg/dl p=0,9). There was a rapid increase of CRP in the first 24 hours, followed by a less acentuated increase that reachs the peak between the fourth and fifth days after onset of AMI. The effect of different doses of simvastatin on CRP was evident from the second day of treatment (SS 12.0 (11.0-13.8)mg/dl, S20 7.5 (4.0-9.9)mg/dl, S40 2.4 (1.0-2.8)mg/dl, S80 1.4 (0.6-1.8)mg/dl p<0,0001). The Friedman test for repeated measures, comparing the curves showed that the attenuation of the inflammatory response was different and proportional to the dose of simvastatin used (p<0.0001). (2) Thirty days after AMI, all groups of patients treated with simvastatin had higher values of FMD than patients who did not use simvastatin (p<0.005). In addition, the FMD was directly proportional to the dose of simvastatin used. The NMD was higher in S80 than in SS (p<0.05). Conclusions: (1) in acute myocardial infarction, statin treatment reduces the inflammatory response, expressed by CRP levels, in a dose-dependent manner, (2) Regardless of the dose of statin prescribed at discharge, the use of statin in the first seven days of AMI, improves endothelial function 30 days after AMI, expressed by the FMD, and this improvement is dose-dependent. |
metadata.dc.description.unidade: | Faculdade de Medicina (FMD) |
Descripción : | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, 2010. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Aparece en las colecciones: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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