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Título: A paixão política de Platão : sobre cercas filosóficas e sua permeabilidade
Outros títulos: Plato's political passion : on philosophical walls and their permeability
Autor(es): Cornelli, Gabriele
Assunto: Platão
Filosofia política
República
Ética
Data de publicação: Jan-2009
Referência: CORNELLI, Gabriele. A paixão política de Platão: sobre cercas filosóficas e sua permeabilidade. Revista Archai, Brasília, n.2, p.15-29, jan./2009. Disponível em: <http://www.red.unb.br/index.php/archai/article/view/315/170>. Acesso em: 24 fev. 2011.
Resumo: O presente artigo se propõe abordar a questão da relação entre a filosofia e a política, partindo do debate intelectual sobre ética e política do V-IV século em Atenas. Debate, este, que acontece na esteira do surgimento de uma nova individualidade, marcada pela descoberta da tragicidade alma. Destaca-se no interior deste debate a redefinição de uma postura filopolítica, em toda sua ambigüidade histórica e idealidade ética. Aristófanes, Tucídides, Eurípides, Górgias e, obviamente, o próprio Platão estão empenhados na definição da possibilidade (ou menos) de encontro entre filosofia e cidade, público e privado, justiça e interesses, indivíduo e comunidade. A solução platônica para o problema revela complexidade e articulação típicas de seu pensamento: o filósofo que se repara da tempestade atrás de uma cerca acadêmica (Resp. 496d) é o mesmo que, “para não parecer somente palavra a ele mesmo” (VII Epist. 328c) zarpa em direção ao incerto projeto siracusano. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT
This article proposes to address the relationship between philosophy and politics through the 5th-4th Century's intellectual debate on ethics and politics in Athens. A debate which takes place in the wake of the rise of a new individuality, marked by the discovery of the tragicity of the soul. What stands out in this debate is the redefinition of a philopolitical stand in all its historical ambiguity and ethical idealism. Aristophanes, Thucydides, Euripides, Gorgias and, obviously, Plato himself are striving to define the possibility (or less) of the encounter between philosophy and the city, public and private, justice and interests, individual and community. The Platonic solution for the problem reveals complexity and articulation typical of his thought: the philosopher that shelters himself from the storm behind an academic wall (Rep. 496d) is the same who "in order for himself not to seem nothing but words" (VII Epist. 328c) sails towards the uncertain Syracusan project.
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