http://repositorio.unb.br/handle/10482/8719
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2011_AndreaSurgaiMontoza.pdf | 656,95 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | A obesidade como expressão de questão social : nutrição e estigma |
Autor(es): | Mortoza, Andréa Sugai |
Orientador(es): | Rodrigues, Marlene Teixeira |
Assunto: | Obesidade Saúde pública Política |
Data de publicação: | 28-Jun-2011 |
Data de defesa: | 2011 |
Referência: | MORTOZA, Andréa Sugai. A obesidade como expressão de questão social: nutrição e estigma. 2011. vii, 201 f., il. Tese (doutorado)-Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2011. |
Resumo: | Este trabalho trata do problema da obesidade enquanto uma construção sócio-cultural e ideológica, considerando os modelos da arena pública e suas implicações. Examina-se a obesidade por três abordagens: (a) obesidade como uma concepção moral; (b) obesidade como uma concepção de doença ou medicalização da obesidade e (c) obesidade como uma concepção politicamente aceitável ou de não-medicalização da obesidade. Utilizase o método qualitativo, construtivista social e a teoria por modelos conhecida como “framing”, baseando-se em documentos públicos. Considera-se inicialmente um panorama da obesidade a partir de uma perspectiva internacional, na qual a situação nacional é analisada. Verifica-se então como a discussão atual sobre a obesidade no país está condicionada pelo debate da fome. Outro resultado diz respeito à demanda por uma análise da obesidade mais ampla, contemplando a cultura da alimentação e o gerenciamento da interface humana com o ambiente físico, econômico e sociocultural. Devido a estreita relação com a comida, o entendimento da definição e dos significados simbólicos da obesidade remetem a uma imersão na história da alimentação. Nesta análise histórica, os aspectos da ciência biomédica são contextualizados, por serem estes resultados os que levaram ao modelo hegemônico atual para tratar a obesidade. Estes resultados conduzem aos dois modelos atuais: o da medicalização e o da nãomedicalização. Para estudar a dinâmica de como estes modelos se estabeleceram, explora-se o conceito de campo das relações simbólicas de Bourdieu. Assim, é introduzida a noção de campo dos bens simbólicos da obesidade, com destaque ao campo científico da obesidade. Desta análise resulta a descrição de mecanismos de poder que asseguram a hegemonia do modelo de medicalização, num campo de interesses onde se articulam forças associadas, desde a indústria de alimentação à produção do conhecimento científico. Um resultado presente em cada etapa de desenvolvimento deste trabalho é a identificação do estigma e da discriminação do obeso como conseqüência social da obesidade. Este aspecto é relevante quando se considera a possibilidade de se transmudar, por exemplo, no Brasil, o atual problema social da obesidade para uma questão social da obesidade. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT This work addresses the problem of obesity as a socio-cultural and ideological construction, considering models of public arena and their implications. Obesity is examined through three approaches: (a) obesity as a moral conception, (b) obesity as a disease conception or the medicalization of obesity, and (c) obesity as a design politically acceptable or non-medicalization of obesity. The social constructivism qualitative method and the theory by models known as framing are used, based on public documents. Initially an overview of obesity is considered from an international perspective, in which the national situation is analyzed. Then one verifies as the current discussion on obesity in the country is conditioned by the discussion of hunger. Another result concerns the demand for a broader analysis of obesity, addressing the culture of feeding and management of human interface with the physical, economic and sociocultural environment. Due to the close relationship with food, the understanding of the definition and the symbolic meanings of the obesity points to an immersion in the history of feeding. In such a historical analysis, aspects of biomedical science are contextualized, as they are the results leading to the current hegemonic model for treating obesity. These results lead us, in turn, to the two present models: the medicalization and non-medicalization. In order to study the dynamics of how these models were established, the Bourdieu’s concept of symbolic-relation field is explored. Thus the notion of field of symbolic goods of obesity is introduced, emphasizing the scientific field of obesity. This analysis gives rise to the description of the power mechanisms that ensure the hegemony of the medicalization model, in a field of interests, where related forces are articulated from different perspectives, since the food industry to the production of scientific knowledge. One result arising at every stage of this work is the identification of stigma and discrimination against the obese as a social consequence of obesity. This aspect is relevant when one considers the possibility of transmuting, for example, in Brazil, the current social problem of obesity to a social question of obesity. |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2011. |
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