http://repositorio.unb.br/handle/10482/9684
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2011_DiegoSoaresdaSilveira.pdf | 22,51 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Redes sociotécnicas, práticas de conhecimento e ontologias na Amazônia : tradução de saberes no campo da biodiversidade |
Autor(es): | Silveira, Diego Soares da |
Orientador(es): | Souza, Marcela Stockler Coelho de |
Assunto: | Plantas medicinais Etnobotânica Medicina primitiva |
Data de publicação: | 7-Dez-2011 |
Data de defesa: | 4-Ago-2011 |
Referência: | SILVEIRA, Diego Soares da. Redes sociotécnicas, práticas de conhecimento e ontologias na Amazônia : tradução de saberes no campo da biodiversidade. 2011. 489 f. Tese (Doutorado em Antropologia)-Universidade de Brasília, Brasília, 2011. |
Resumo: | A partir da década de 1990, o governo brasileiro – signatário da Convenção sobre Diversidade Biológica - deu início a um debate político em torno da elaboração de um novo marco regulatório na área de pesquisa e bioprospecção dos “recursos genéticos” e dos chamados “conhecimentos tradicionais associados”, tendo como objetivo o estabelecimento de relações mais “equitativas” entre pesquisadores, empresas e outros setores da sociedade. Nesta tese, partindo de uma abordagem da antropologia da ciência, busquei analisar a relação entre pesquisadores da área de biodiversidade e os coletivos locais diretamente envolvidos em seus projetos no âmbito do contexto histórico da regulamentação. Para isso, selecionei duas iniciativas autorizadas pelo governo para acompanhar em campo: um projeto de bioprospecção desenvolvido por uma rede de laboratórios de farmacologia da Universidade Federal do Amazonas, que tem como objetivo a produção de fitoterápicos a partir de plantas medicinais e conhecimentos coletados em uma comunidade ribeirinha; e duas pesquisas realizadas a partir de uma parceria entre a ONG Instituto Socioambiental e a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – uma delas sobre a agrobiodiversidade em São Gabriel da Cachoeira e a outra sobre paisagens ecológicas entre os índios Baniwa do rio Içana – ambas inseridas em um Programa Regional de Desenvolvimento Sustentável. A partir de uma abordagem etnográfica inspirada na “Teoria Ator-Rede”, acompanhei o ciclo de produção científica que vai das expedições às centrais de cálculo onde os objetos das pesquisas são delineados, analisados e sistematizados, descrevendo as práticas de conhecimento dos coletivos envolvidos nessas iniciativas, com ênfase na circularidade entre os pressupostos ontológicos e os “aparelhos” usados para evocá-los no contexto da comunidade e do laboratório. Durante essa jornada, analisei a forma como as práticas de conhecimento entram em relação nas redes sociotécnicas a partir do trabalho de ordenação realizado pelos atores, desenvolvendo uma reflexão sobre a tradução de saberes no campo da biodiversidade à luz da perspectiva da habitação e da multiplicidade ontológica. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT In the 1990th, the Brazilian government - a member-signatory of the Convention on Biological Diversity - started a political debate on a new legal framework to regulate research and bioprospecting of "genetic resources" and “associated traditional knowledge”, including the implementation of new guidelines for the establishment of more equitable relationships between researchers, companies and other sectors of society. In this thesis, based on the approach of the science studies, I sought to examine the relationship between researchers working in the field of biodiversity and local collectives directly involved in their projects, having as reference the historical context of the political and ethical regulation. I selected two initiatives authorized by the government to follow in the field. A bioprospecting project developed by a network of pharmacology laboratories located in the Federal University of Amazonas, aiming the production of herbal medicines from medicinal plants and traditional knowledge collected in a riverside community. And two researches developed from a partnership between an environmental NGO and an indigenous organization - one about agrobiodiversity and the other on ecological landscapes among the Baniwa Indians - both part of a Regional Program on Sustainable Development. Based on an ethnographic approach inspired by the "Actor-Network Theory" and political ontology, I followed the cycle of scientific production that start in scientific expeditions and ends in the centers of calculation where the scientists conceive and analysis their objects of research. During this journey, I described the knowledge practices of the different groups involved in these initiatives, with an emphasis on the interplay between ontological assumptions associated with plants and places, the “equipments” used to evoke them, and the way these practices relate to each other in the socio-technical networks. Along the way, I examine the translation of knowledge in the field of biodiversity in the light of the historical context of legal regulation, with reference to the ontological multiplicity and the dwelling perspective that permeates both scientific and indigenous knowledge. This translation involves a series of agencies that links phenomena as "scientific objectivism" and "perspectivism" with new legal mechanisms as “Benefit-sharing” and “Prior Informed Consent”. |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)-Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, 2011. |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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