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Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/37472
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Title: Estado brasileiro, dispositivo de colonialidade e seguridade social : entre fazer e deixar morrer a população negra
Authors: Ramos, Débora Oliveira
metadata.dc.contributor.email: evovirinodara@gmail.com
Orientador(es):: Pereira, Lucélia Luiz
Assunto:: Colonização - Brasil
Colonialidade
Seguridade social
Racismo
Issue Date: 14-Apr-2020
Citation: RAMOS, Débora Oliveira. Estado brasileiro, dispositivo de colonialidade e seguridade social: entre fazer e deixar morrer a população negra. 2019. 136 f., il. Dissertação (Mestrado em Política Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Abstract: No Brasil coexistem dois mundos – opostos e complementares: o mundo branco e o mundo negro. Esta separação é produto da colonização que instituiu no país uma cisão na humanidade, subdividindo-a entre o humano – branco – e o Outro – negros e indígenas. Firmados na figura do colonizador e do colonizado e, sob os ditames do sistema escravista, na figura do senhor de engenho e do escravizado, se constituíram as classes antagônicas racializadas no sistema econômico vigente. No capitalismo, o branco adentra a classe burguesa, e o Outro é destinado às classes subalternas. Com pequenas modificações, o racismo na modernidade sofre constantes refinamentos, mas mantém o pressuposto colonial como modus operandi das distintas classes no cenário capitalista brasileiro. Diante aquilo que se inaugura e/ou toma proporções estruturais na colonização de nosso território nacional, propomos o conceito de dispositivo de colonialidade. Entendemo-lo enquanto um termo teórico que nos auxilia para compreender aquilo que, em rede, fornece à modernidade a execução do projeto colonial - sendo este guerra racial e imposição da supremacia branco eurocêntrica. Tendo essa cisão como fundamento da sociedade brasileira, consideramos que as políticas sociais propostas pelo Estado moderno funcionam de maneira distinta em ambos os mundos. Em um, “faz viver”; no outro “deixa morrer”. Tal afirmação surge mediante a análise da desigualdade do acesso da população negra às políticas da Seguridade Social. Constatamos que, apesar de ser o público majoritário do SUS e do SUAS, o atendimento da população negra e o acesso à serviços é permeado por produção e reprodução de violências; e, no que tange à previdência social, a população negra possui menor cobertura. Assim, esse trabalho se propõe a I. analisar o Estado, evidenciando sua face oculta e complementar, denominada Estado colonial; II. elaborar o conceito de dispositivo de colonialidade enquanto conjunto de elementos heterogêneos que funcionam a fim de executar na modernidade os intentos coloniais; e III. analisar a seguridade social brasileira tendo como pano de fundo a desigualdade estrutural entre negros e brancos no Brasil
Abstract: In Brazil two worlds coexist - opposite and at the same time complementary: the white and the black world. This detachment is provided by colonization, that instituted a gap in humanity itself: the human - who is white - and the Other - who are mainly black and indigenous people. Thus two main roles were established: colonizer and colonized. The rules dictated by the slavery system, once represented by the lord of wit and enslaved emerged in two antagonistic racial classes in our current economic system. When it comes to Capitalism, the White individual occupies the upper classes - bourgeoisie - whereas the Other is assigned with the subordinate classes. Even though tiny adjustments occurred on modern racism - refining it - the colonial core values are maintained, and so are the the economic classes previously defined. In face of inaugurates and continuously structures our colonized territory, this essay introduces the concept of “Coloniality Devices”. Those can be understood as a theoretical terminology that help us comprehend which factor or factors - thus the “net” concept - provides modernity with tool to sustain the colonial project - that is this essay is defined racial war and imposed eurocentric white supremacy. As earlier defined, this racial segregation brazilian society’s foundation. Public and social policies are then perpetuating this division by delivering two different policies to these worlds: one says “let them live”; the other says “let them die”. This analysis is based on the iniquity on the access to social security policies, depending on the racial status. Regardless of being the main patients at SUS and SUAS, people of color receive a treatment permeated by produced and reproduced violence. When it comes to social security black people have the lowest coverage index. This study proposes: I. to evaluate the State, highlighting its hidden and complementary face - the Colonial State; II. to elaborate the concept of “Colonial Devices” as a group of heterogeneous elements that work in favor of maintaining through modernity the colonial intent; III. to analyze brazilian social security, using black and white iniquity as a background.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Ciências Humanas (ICH)
Departamento de Serviço Social (ICH SER)
Description: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2019.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Política Social
Licença:: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
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