http://repositorio.unb.br/handle/10482/38701
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2020_AnaLuisaFalcomerdeAguiar.pdf | 745,92 kB | Adobe PDF | View/Open |
Title: | Políticas públicas e segurança de alimentos para indivíduos com doença celíaca |
Authors: | Aguiar, Ana Luísa Falcomer de |
Orientador(es):: | Zandonadi, Renata Puppin |
Coorientador(es):: | Gouveia, Priscila Farage de |
Assunto:: | Glúten Saúde pública Dieta sem glúten Contaminação cruzada |
Issue Date: | 1-Jul-2020 |
Data de defesa:: | 20-Feb-2020 |
Citation: | AGUIAR, Ana Luísa Falcomer de. Políticas públicas e segurança de alimentos para indivíduos com doença celíaca. 2020. 53 f., il. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. |
Abstract: | Introdução: A doença celíaca (DC) é uma enteropatia imunomediada desencadeada pelo consumo de glúten em indivíduos geneticamente predispostos. As manifestações da doença incluem sintomas gastrointestinais e extraintestinais. O único tratamento seguro para a DC é a adesão à dieta sem glúten (DSG) por toda a vida. Todavia, a convivência com a DC e a completa abstenção de glúten dietético representam grandes desafios e repercutem na qualidade de vida dos pacientes, principalmente daqueles de baixa condição socioeconômica. Faz-se necessária a adoção de políticas públicas para melhor assistir indivíduos com DC, de forma a reduzir o fardo social e econômico representado pela doença e restrição dietética aos pacientes e o impacto sobre o governo decorrente do manejo das complicações de saúde de indivíduos com DC não diagnosticada ou não tratada. Objetivo: Avaliar as políticas públicas existentes sobre doença celíaca e a segurança de alimentos destinados a indivíduos celíacos no Brasil e no mundo. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório transversal desenvolvido em duas etapas: (i) desenvolvimento de revisão sistemática sobre contaminação cruzada por glúten em serviços de alimentação e indústria; (ii) análise das políticas públicas voltadas para indivíduos celíacos no mundo a partir dos países membros da Organização Mundial de Saúde (OMS). A primeira etapa foi constituída por desenvolvimento de busca nas bases Science Direct, Scopus, Web of Science, Google Scholar e ProQuest Dissertations & Theses Global; avaliação da qualidade metodológica dos artigos incluídos por meio da ferramenta Meta-analysis of Statistics Assessment and Review Instrument (MASTARI) e análise estatística executada pelo software metafor package R program. Na segunda etapa do estudo, foi desenvolvido instrumento para coleta de informações de cada um dos 192 países membros da OMS, sendo estes analisados quanto à existência de políticas públicas sobre legislação para produtos industrializados, regulamentação de refeições comerciais sem glúten, apoio de serviços de saúde especializado, subsídio de comida ou incentivo financeiro, existência de certificação de segurança de alimentos sem glúten e presença de associações de DC. A partir dos dados encontrados foi desenvolvido um escore intitulado “Public Policies for Celiac Disease Score” (PPCDS). Para cada “Sim” registrado como resposta, um ponto foi atribuído ao país; portanto, o total de pontos variou em uma escala de 0 a 6 pontos de acordo com a existência das políticas públicas mencionadas. Resultados: Foram identificados resultados positivos para contaminação cruzada (>20 ppm de glúten) em 95,83% (n=23) dos estudos analisados em revisão sistemática. Em produtos industrializados, os estudos apresentaram 13,2% (95% IC: 10,8%–15,7%) de prevalência de contaminação, já em preparações alimentícias constatou-se prevalência de contaminação igual a 41,5% (95% IC: 16,6%–66,4%). Quanto às políticas públicas de assistência a celíacos, observou-se a existência de legislação para rodutos industrializados sem glúten em 40,6% (n=78) dentre os 192 países membros da OMS contemplados neste estudo. Em apenas 15,6% (n=30) dos países, há regulação para produtos sem glúten não industrializados. Ademais, identificou-se a presença de assistência à saúde especializada em 13,5% (n=26); incentivo financeiro ou auxílio alimentação para celíacos em 13,5% (n=26); programa de certificação de segurança de alimentos sem glúten em 19,3% (n=37); e associação de celíacos em 34,4% (n=66) dos países analisados. Com relação à avaliação, por meio do PPCDS, do nível de assistência oferecida pelos países, os resultados demonstraram maior avanço no cuidado de celíacos na Europa (pontuação = 3,63), seguida da América do Sul (2,86), América do Norte/Central (1,05, Ásia (0,53), Oceania (0,5) e África (0,27). Conclusão: As políticas públicas para DC estão mais presentes por meio de regulação de produtos industrializados e associação de celíacos. Porém, é necessário avançar em políticas relacionadas a preparações sem glúten e sua certificação de segurança, assistência à saúde especializada e incentivos financeiro/auxílio alimentação. Apesar de políticas para regular produtos industrializados sem glúten serem mais comuns do que as demais políticas públicas analisadas, a revisão sistemática conduzida revelou preocupante prevalência de contaminação por glúten em alimentos. Desta forma, é primordial executar análises de conteúdo de glúten dos produtos finais para que estejam em conformidade com as leis e não representem perigo químico à saúde de celíacos, assegurando correto tratamento e redução do impacto para pacientes e governos. |
Abstract: | Introduction: Celiac disease (CD) is an immune-mediated enteropathy triggered by gluten consumption in genetically predisposed individuals. The disease includes gastrointestinal and extragastrointestinal symptoms. The only safe treatment for CD is adherence to a lifelong gluten-free diet (GFD). However, living with CD and the dietary treatment represents great challenges and impacts on the quality of life of patients, especially those with low socioeconomic status. It is necessary to adopt public policies to better assist individuals with CD, reducing the social and economic burden of the disease and dietary restriction to patients and the impact on the governments from managing health complications of undiagnosed or untreated CD. Objective: To evaluate public policies and food safety for patients with celiac disease. Methods: This cross-sectional exploratory study was developed in two stages: (i) development of a systematic review about gluten contamination in food services and industry; (ii) analysis of public policies to patients with CD across the world among countries members of the World Health Organization (WHO). The first stage was composed of development of specific search strategies for Science Direct, Scopus, Web of Science, Google Scholar and ProQuest Dissertations & Theses Global; articles’ methodological quality of the included studies was accessed using criteria from Meta-analysis of Statistics Assessment and Review Instrument (MASTARI) and statistical meta-analysis by metaphor package of R program. The second stage of the research, was the development of an instrument to collect public policies data from each of the 192 countries members of WHO regarding industrial food and meals regulations, health service support, food allowance/financial incentive, gluten-free (GF) food certification and celiac disease (CD) associations. A score entitled “Public Policies for Celiac Disease Score” (PPCDS) was developed using collected data in which countries were scored from 0 to 6 according to the existence of public policies, being one point to each positive answer allocated to the country. No statistical analysis was conducted since the study is a census analysis of countries and not an individual sample analysis. Results: Positive results for cross-contamination (> 20 ppm) were found in 95.83% (n = 23) of the studies contemplated in the systematic review. In industrial food products, studies showed a contamination prevalence of 13.2% (95% CI: 10.8%–15.7%). In non-industrial food products, studies showed a contamination prevalence of 41.5% (95% CI: 16.6%–66.4%). Analyzing the public policies for celiacs in all countries members of the World Health Organization (n=192), regulations concerning industrial food were the most frequent (40.6%; n=78 countries). A total of 15.6% (n=30) of the countries display regulations for meals; 13.5% (n=26) have health service support; 13.5% (n=26) have policies of food allowance or financial incentive; 19.3% (n=37) have gluten-free certification programs, and 34.4% (n=66) have celiac associations. The results of the PPCDS showed that the European continent (score 3.63) is the most advanced in CD patients care, followed by South America (score 2.86), North America (score 1.05), Asia (score 0.53), Oceania (score 0.5), and Africa (score 0.27). Conclusion: Public polices for CD are more present through regulations concerning GF industrial products and national celiac associations. However, progress is needed on policies related to gluten-free preparations and their safety certification, specialized health care and financial incentives/food allowance. Although policies regarding gluten-free industrialized products are more common than the other policies analyzed, the systematic review conducted revealed a worrying prevalence of gluten contamination. Therefore, executing gluten content analysis is essential to secure that products are in compliance with laws and pose no chemical risk to the health of celiacs and can, as a consequence, ensure correct treatment and impact reduction for patients and governments. |
metadata.dc.description.unidade: | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) Departamento de Nutrição (FS NUT) |
Description: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição, Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana, 2020. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana |
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