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Título : Educação, pobreza e desigualdade social : a iniciativa EPDS na Universidade de Brasília (2017-2018) - volume 2 : medições
Autor : Pilati, Alexandre Simões (org.)
Oliveira, Cynthia Bisinoto Evangelista de (org.)
Souza, Leila D'Arc de (org.)
Duarte, Natalia de Souza (org.)
Assunto:: Educação
Desigualdade social
Pobreza
Universidade de Brasília
Fecha de publicación : 10-sep-2020
Editorial : Editora Universidade de Brasília
Citación : PILATI, Alexandre Simões et al. (org.). Educação, pobreza e desigualdade social: a iniciativa EPDS na Universidade de Brasília (2017-2018) - volume 2: medições. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2020. E-book (v. 2). Disponível em: https://livros.unb.br/index.php/portal/catalog/book/56. Acesso em: 05 nov. 2020.A\
Resumen : Visibilizar a invisibilidade da pobreza em um país como o nosso não deveria ser uma tarefa tão difícil, visto que a cada passo que damos, seja no campo, seja nas cidades, nos deparamos com suas múltiplas expressões. Mas o é... Adentrar nessa cegueira social é entender que somos, enquanto sociedade, forçados a não enxergar, a não reconhecer e a não enfrentar a pobreza, porque somos um país cruelmente colonizado em seu modo de pensar. Para Dussel (2000) o sistema colonial oprimiu, para além de corpos e povos, o conhecimento, o modo como compreendemos o mundo e suas relações. Somando a isso nossa avassaladora escravidão, temos as matrizes fundantes de nossa sociedade, cega diante da pobreza e da injustiça social. Para Gonçalves Filho, “o que vemos e o que deixamos de ver, a priori, não são decididos por nós, mas sim pelo modo como fomos colocados em companhia dos outros e como os outros são colocados diante de nós” (2004, p. 08). A cultura brasileira nasceu do convívio entre muitas instituições. Entretanto, família, escola, Estado, justiça, mercado, não foram tão fundantes para nós como o foi a instituição da escravidão (SOUZA, 2017). Foi essa sociabilidade que legitimou culturalmente explorar seres humanos às raias da morte e também invisibilizar pobreza e desigualdade social. Nesse sentido, enxergar a pobreza significa aprender a desaprender, aprender a desnaturalizar esse fenômeno contundente, espólio da escravidão, que nos corrompe enquanto sociedade – essa sim, a escravidão, a nossa maior e mais profunda corrupção, que precisa ser enfrentada.
Licença:: Copyright (c) 2019 Editora Universidade de Brasília - (CC BY-NC-ND) - This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License. Fonte: https://livros.unb.br/index.php/portal/catalog/book/56. Acesso em: 05 nov. 2020.
DOI: 10.26512/ldaa.56.42
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