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Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/40582
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Title: Inumanidades, modos de agir : por uma ética da criação no teatro e na performance
Authors: Almeida, Roberto Gomes de
Orientador(es):: Lignelli, César
Assunto:: Inumanidades
Modos de agir
Micropolítica
Ética
Performance (Arte)
Teatro
Issue Date: 19-Apr-2021
Citation: ALMEIFA, Roberto Gomes de. Inumanidades, modos de agir: por uma ética da criação no teatro e na performance. 2020. 254 f., Tese (Doutorado em Artes Visuais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Abstract: A partir de uma noção ampla do inumano, busca-se uma abertura porosa como modo de agenciar diferenças no contexto do teatro e da performance. As inumanidades como um aquém e um além do homem intenta repensar micropoliticamente o lugar do humano nas suas relações com o mundo, com os outros, com a vida. Trata-se de pensar um paradigma ético estético na sua conectividade com as políticas da vida. Considerando que não há humanidade homogênea e que o humano não é universal, sugerimos uma constituição política do mundo a partir de aspectos diferenciais que escapam da noção de um humanismo majoritário. Esse caráter diferencial da vida implica numa produção criativa de minoridades cujos modos de agir possibilitam outros modos de existência, outros modos de resistir e re-existir, outros circuitos afetivos e outros contextos éticos. Os modos de agir, aqui sugeridos, têm, na potência de verbos no infinitivo sua configuração: sonhar, amar, imaginar, brincar e glosar. Esses verbos exalam virtualidades e possibilidades infindas de atualização do real. Eles são agenciados a partir de sínteses afetivas que importam em uma ética da diferença aliada à criação em seu fazer prático e poético. É dessa forma que valores produzidos por inumanidades agenciam uma política cujos princípios éticos e estéticos estão na base da transformação do mundo a partir das relações entre os corpos. Esse agenciamento político tem, no contexto do teatro e da performance, uma possibilidade de ação micropolítica que participa dos devires da vida no seu sentido mais amplo. As singularidades dos corpos e as coletividades. Uma micropolítica e uma política. Uma criação contextual e uma cosmicidade. Uma diferença e uma multiplicidade. Aquilo que se ergue a partir da simpatia nos modos de agir diferenciais é um povo do porvir e esse povo é inumano. Conectando a potência do ato de criação e uma filosofia da diferença a uma miríade de pensamentos e práticas que fazem diferir o real, sugerimos uma contínua variação e experimentação cujo desígnio maior é simplesmente abrir a possibilidade para a potência de amar, sonhar, imaginar, brincar e glosar, intransitivamente, inumanamente.
Abstract: From a broad notion of the inhuman, a porous opening is sought as a way of agencying differences in the context of theater and performance. The Inhumanities as falling short and beyond humanity intends to rethink micropolitically the place of the human in their relations with the world, with others, with life. It is about thinking of an ethical-aesthetic paradigm in its connectivity with the politics of life. Considering that there is no homogeneous humanity and that the human is not universal, we suggest a political constitution of the world based on differential aspects that escape of a majority humanism. This differential character of life implies a creative production of minorities, in which the ways of acting enable other ways of existence, other ways of resisting and re-existing, other affective circuits and other ethical contexts. The ways of acting, suggested here, have their configuration in the power of the verbs in the infinitive: to dream, to love, to imagine, to play and to gloss. These verbs exhale virtualities and endless possibilities for updating the real. Their agency is based on affective syntheses that matter in an ethics of difference combined with creation in their practical and poetic work. It is in this way that values ​produced by inhumanities act as a policy whose ethical and aesthetic principles are at the base of the transformation of the world based on the relationships between bodies. This political agency has, in the context of theater and performance, a possibility of micropolitical action that participates in the becomings of life in its broadest sense. The singularities of bodies and collectivities. A micropolitics and a policy. Contextual creation and cosmicity. A difference and a multiplicity. What arises from sympathy in the differential ways of acting is a people to come and these people are inhuman. Connecting the power of the act of creation and a philosophy of difference to a myriad of thoughts and practices that make the real differ, we suggest a continuous variation and experimentation whose major purpose is simply to open up the possibility for the power of loving, dreaming, imagining, playing and glossing, intransitively, inhumanly.
Résumé: A partir d'une notion large de l'inhumain, une ouverture poreuse est recherchée comme moyen d'appréhender les différences d'agence dans le contexte du théâtre et de la performance. Les inhumanités comme un derrière et un au-delà de l'homme tentent de repenser micropolitiquement la place de l'humain dans ses relations avec le monde, avec les autres, avec la vie. Il s'agit de penser un paradigme éthico-esthétique dans sa connectivité avec la politique de la vie. Considérant qu'il n'y a pas d'humanité homogène et que l'humain n'est pas universel, nous proposons une constitution politique du monde basée sur des aspects différentiels qui échappent à la notion d'humanisme majoritaire. Ce caractère différentiel de la vie implique une production créative de minorités dont les modes d'action rendent possibles de d’autres modes d'existence, de nouvelles façons de résister et de re-exister, d’autres circuits affectifs et d’autres contextes éthiques. Les manières d'agir, suggérées ici, ont, dans la puissance des verbes à l'infinitif leur configuration : rêver, aimer, imaginer, jouer et gloser. Ces verbes exhalent des virtualités et des possibilités infinies d'actualisation du réel. Ils sont mis en scène à partir de synthèses affectives qui comptent dans une éthique de la différence alliée à la création dans sa réalisation pratique et poétique. C'est ainsi que les valeurs produites par l'agence des inhumanités une politique dont les principes éthiques et esthétiques sont à la base de la transformation du monde à partir des relations entre les corps. Cet agencement politique a, dans le cadre du théâtre et de la performance, une possibilité d'action micropolitique qui participe au devenir de la vie dans son sens le plus large. Les singularités des corps et les collectivités. Une micropolitique et une politique. Une création contextuelle et une cosmicité. Une différence et une multiplicité. Ce qui naît de la sympathie dans les différentes manières d'agir est un peuple du futur et ce peuple est inhumain. En reliant le pouvoir de l'acte de création et une philosophie de la différence à une myriade de pensées et de pratiques qui rendent le réel différent, nous proposons une variation et une expérimentation continues dont le but principal est simplement d'ouvrir la possibilité pour la puissance d'aimer, de rêver, d'imaginer, de jouer et de gloser, de manière intransigeante, inhumaine.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Artes (IdA)
Departamento de Artes Visuais (IdA VIS)
Description: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Departamento de Artes Visuais, Programa de Pós-Graduação em Artes, 2020.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais
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