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Título: Perfil epidemiológico de um grupo de gestantes expostas ao SARS-CoV
Autor(es): Pereira, Yácara Ribeiro
Orientador(es): Monteiro, Pedro Sadi
Assunto: Perfil epidemiológico
Gestantes
SARS-CoV-2
Pandemia
Data de publicação: 20-Ago-2024
Referência: PEREIRA, Yácara Ribeiro. Perfil epidemiológico de um grupo de gestantes expostas ao SARS-CoV. 2023. 69 f., il. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023.
Resumo: Introdução: Em março de 2020 foi declarada a pandemia de COVID-19, doença causada pelo vírus SARS-CoV2, o que despertou alerta de todas as ordens no mundo. Entre as preocupações, especialistas alertaram para o curso da doença em gestantes, levando em consideração ser essa população mais susceptível a desenvolver piores quadros frente a infecções virais. No Brasil, em abril de 2020, o Ministério da Saúde incluiu todas as gestantes, puérperas e pacientes com perda gestacional ou fetal no grupo de risco para desenvolvimento de complicações clínicas relacionadas aos casos de infecção por SARS-CoV-2. No primeiro semestre da pandemia, o país apresentava número de óbitos de gestantes equivalente a três vezes os óbitos notificados no mundo todo. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de gestantes com COVID-19 assistidas em um hospital universitário no Distrito Federal desde as características sociodemográficas, as manifestações clínicas e os desfechos obstétricos apresentados. Método: Foi realizado um estudo observacional descritivo, transversal com base epidemiológica e abordagem quantitativa. Foram incluídas gestantes com idade >18 anos com comprovação laboratorial de infecção por SARS-CoV-2 durante a gestação, por meio de reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa (RTPCR) para SARS-CoV-2, de coleta de swab nasofaríngeo; sorologia ou teste rápido sanguíneo para detecção de anticorpos IgG ou IgM para SARS-CoV-2; ou tomografia de tórax associada a sintomas característicos de COVID19. Foram critérios de exclusão: gestantes suspeitas ou confirmadas com exposição a outras infecções congênitas, como toxoplasmose, sífilis, rubéola, herpes, citomegalovírus, chagas e zika (TORSCH); impossibilidade de acompanhamento sequencial até o parto; e aquelas que se negaram a participar. Resultado: Foram estudadas 260 mulheres, com média de idade de 31 anos, predominantemente parda, com ensino médio completo. Delas, 86% apresentaram forma não grave da doença. Evidenciaram-se os sintomas: 168 (64,86%) com anosmia, 160 (61,54%) com coriza e/ou congestão nasal, 158 (60,77%) com cefaleia, 152 (58,46%) com ageusia, 152 (58,46%) com mialgia, 122 (46,92%) com tosse, 116 (44,79%) com febre e 95 (36,54%) com dispneia. Esses foram os mais comuns. Desfechos obstétricos foram cesárea (n = 158, 61%) e partos a termo (n = 214, 82%). Maior percentual dos recém-nascidos foram considerados adequados para idade gestacional, 53 RNs apresentaram-se com APGAR no primeiro minuto <7, e apenas 10 mantiveram APGAR <7 no quinto minuto. Ocorreram dois óbitos maternos (0,7%), um aborto, um óbito neonatal e um óbito fetal. As mulheres que estavam nos primeiros 14 dias da infecção por SARS-CoV-2 também tiveram mais nascimentos de crianças com sofrimento fetal agudo (p = 0,0492) e prematuros (idade gestacional ≤ 37 semanas) (p = 0,0049) em comparação com mulheres diagnosticadas com COVID-19 por mais de 14 dias. Conclusão: Por ser uma doença nova, será necessário manter os acompanhamentos, a fim de identificar seus efeitos no longo prazo. A descrição do perfil do grupo de gestantes pode ser importante na elaboração de abordagens cada vez mais eficientes no manejo da doença e na elaboração de estratégias de prevenção. Estudos sobre COVID-19 e gestação podem contribuir para maior adesão da população às políticas públicas elaboradas.
Abstract: Introduction: In March 2020, the disease COVID-19, caused by the SARS-CoV-2 virus, was declared as a pandemic, raising the alarm of all orders in the world. Among the concerns, experts warned about the course of the disease in pregnant women, taking into account that this population is more likely to develop worse conditions in the face of viral infections. In Brazil, in April 2020, the Ministry of Health (MOH) included all pregnant women, postpartum women and patients with pregnancy or fetal loss in the risk group for the development of clinical complications related to cases of SARS-CoV-2 infection. In the first half of the pandemic, Brazil had a number of deaths of pregnant women equivalent to three times of the deaths reported worldwide. Objective: To describe the epidemiological profile of pregnant women with COVID-19 assisted at a university hospital in the Federal District taking into account the sociodemographic characteristics, clinical manifestations and obstetric outcomes presented. Method: A descriptive, cross-sectional, observational study with an epidemiological basis and a quantitative approach was carried out. Pregnant women aged > 18 years with laboratory evidence of SARS-CoV-2 infection during pregnancy were included, using reverse transcription polymerase chain reaction (RT-PCR) for SARSCoV2, nasopharyngeal swab collection; serology or rapid blood test for IgG or IgM antibodies to SARS-CoV2 or chest CT scan associated with characteristic symptoms of COVID-19. As exclusion criteria: suspected or confirmed pregnant women with exposure to other congenital infections such as toxoplasmosis, syphilis, rubella, herpes, cytomegalovirus, chagas and zika; (TORSCH); impossibility of sequential follow-up until delivery; and those who refuse to participate. Results: 260 women were studied, with an average age of 31 years, predominantly brown, complete high school. 86% had a non-severe form of the disease in terms of symptoms: anosmia 168 (64.86%), runny nose and/or nasal congestion 160 (61.54%), headache 158 (60.77%), ageusia 152 (58.46%), myalgia 152 (58.46%), cough 122 (46.92%), fever 116 (44.79%) and dyspnea 95 (36.54%) were the most common. Obstetric outcomes: cesarean section (n=158, 61%), term deliveries 214 patients (82%). A higher percentage of newborns were considered adequate for gestational age, 53 NBs presented with APGAR < 7 in the first minute and only 10 maintained APGAR < 7 in the 5th minute. There were 2 maternal deaths (0,7%), 1 abortion, 1 neonatal death and 1 fetal death. Women who were within the first 14 days of SARS-CoV2 infection also had more births of children with acute fetal distress (p = 0.0492) and preterm infants (gestational age ≤ 37 weeks) (p = 0.0049), compared to women diagnosed with COVID-19 for more than 14 days. Conclusion: Because it is a new disease, it will be necessary to maintain follow-ups in order to identify its long-term effects. The description of the profile of the group of pregnant women can be important in the elaboration of increasingly efficient approaches in the management of the disease and in the elaboration of prevention strategies. Studies regarging the COVID-19 and pregnancy can contribute to greater adherence by the population to elaborated public policies.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Departamento de Enfermagem (FS ENF)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2023.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
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Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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