http://repositorio.unb.br/handle/10482/50327
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CaioAfonsoBorges_DISSERT.pdf | 1,66 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | O trabalho dos influenciadores digitais : uma análise a partir dos regimes de visibilidade e do direito fundamental à saúde mental no trabalho |
Autor(es): | Borges, Caio Afonso |
Orientador(es): | Delgado, Gabriela Neves |
Assunto: | Influenciadores digitais Direitos fundamentais Trabalho digno Saúde mental |
Data de publicação: | 10-Set-2024 |
Data de defesa: | 28-Mai-2024 |
Referência: | BORGES, Caio Afonso. O trabalho dos influenciadores digitais: uma análise a partir dos regimes de visibilidade e do direito fundamental à saúde mental no trabalho. 2024. 220 f. Dissertação (Mestrado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Resumo: | Esta pesquisa tem por objetivo compreender as repercussões que os regimes de visibilidade criados pelas plataformas exercem sobre a saúde mental no trabalho dos influenciadores digitais a partir do prisma do direito fundamental ao trabalho digno. Inicialmente, a pesquisa busca localizar o trabalho de influenciadores digitais no espectro da Sociologia do Trabalho e da Teoria Social Crítica, sobretudo na qualidade de trabalho imaterial que realiza e gera valor nos ciclos de produção e de circulação do capital. O conceito de regimes de visibilidade é em seguida apresentado para evidenciar a sua relação com a conformação de subjetividades e a organização do trabalho em plataformas digitais. A partir da chave laboral, tentaremos identificar como as plataformas, por meio da estruturação de regimes de visibilidade, irão controlar e organizar o trabalho dos trabalhadores plataformizados, sobretudo aqueles que se ativam na produção de conteúdos. Em um segundo momento, a pesquisa localiza o trabalho dos influenciadores digitais no paradigma da indústria cultural e identifica os elementos tecnológicos, culturais, econômicos, industriais, políticos e ideológicos que permitiram o surgimento dos influenciadores digitais enquanto trabalhadores. Consolidado esse histórico, passa-se à análise do trabalho dos influenciadores digitais, a partir dos estudos de mídias sociais e da Comunicação, para entender os meandros dessa atividade, seus elementos constitutivos e principais contornos em cotejo com as exigências sociais e algorítmicas. Ainda na descrição do objeto da pesquisa, serão traçados os contornos jurídicos do trabalho dos influenciadores digitais a partir da caracterização da informalidade, da necessidade de reconhecimento e da proteção juslaboral. O último capítulo da pesquisa procura entender como o fenômeno analisado é percebido pelo Direito do Trabalho em sua matriz constitucionalizada pelo prisma do direito fundamental à saúde mental no trabalho enquanto componente da dignidade no trabalho. Uma análise a partir de valores constitucionais, em cotejo com o meio ambiente de trabalho e a saúde, será feita sobre fatores que delineiam o trabalho dos influenciadores digitais, como a exaustão e a sobrecarga de trabalho, a opacidade das plataformas com relação à remuneração, a descartabilidade do produto do trabalho desses sujeitos, a estética branca e o racismo algorítmico. Esses quatro elementos serão utilizados como base analítica para uma crítica a favor da expansão da matriz protetiva do Direito do Trabalho constitucionalizado que considere as condições sociais e ambientais, bem como o valor do trabalho, em face das novas conformações do trabalho na era digital. Com aportes da Sociologia do Trabalho, da Teoria Social Crítica, da Comunicação, dos estudos de vigilância, dos estudos de mídias sociais, da Psicodinâmica do Trabalho, entre outros, a presente pesquisa utiliza-se da metodologia de revisão bibliográfica interdisciplinar para, inicialmente, mapear os elementos fáticos, culturais e comunicacionais do trabalho dos influenciadores digitais e, então, lê-los a partir da perspectiva jurídica, atualizando as bases justrabalhistas de compreensão das novas formas de trabalho que surgem no contexto digital e de sua exploração no capitalismo contemporâneo. |
Abstract: | This research aims to understand the repercussions that the visibility regimes created by platforms have on the mental health at work of digital influencers from the prism of the fundamental right to decent work. Initially, the research seeks to locate the work of digital influencers in the spectrum of Sociology of Work and Critical Social Theory, especially in the quality of value-generating and realizing immaterial labor inserted in the cycles of production and circulation of capital. The concept of visibility regimes is then presented to highlight its relationship with the conformation of subjectivities and the organization of work on digital platforms. From the labor key, we will try to identify how the platforms, through the structuring of visibility regimes, will control and organize the work of platformized workers, especially those who are active in the production of content. In a second moment, the research locates the work of digital influencers in the paradigm of the cultural industry and identifies the technological, cultural, economic, industrial, political and ideological elements that allowed the emergence of digital influencers as workers. Once this history is consolidated, we move on to the analysis of the work of digital influencers, based on the studies of social media and Communication, to understand the intricacies of this activity, its constitutive elements and main contours in comparison with social and algorithmic requirements. Also in the description of the object of the research, the legal contours of the work of digital influencers will be traced from the characterization of informality, the need for recognition and labor protection. The last chapter of the research seeks to understand how the analyzed phenomenon is perceived by Labor Law in its constitutionalized matrix through the prism of the fundamental right to mental health at work as a component of dignity at work. An analysis based on constitutional values, in comparison with the work environment and health, will be made on factors that delineate the work of digital influencers, such as exhaustion and work overload, the opacity of platforms in relation to remuneration, the disposability of the work product of these subjects and the white aesthetics and algorithmic racism. These four elements will be used as an analytical basis for a critique in favor of the expansion of the protective matrix of constitutionalized Labor Law that considers the social and environmental conditions, as well as the value of work, in the face of the new configurations of work in the digital age. With contributions from the Sociology of Work, Critical Social Theory, Communication, surveillance studies, social media studies, Psychodynamics of Work, among others, the present research uses the methodology of interdisciplinary literature review to, initially, map the factual, cultural and communicational elements of the work of digital influencers and, then, read them from the legal perspective, updating the labor law bases for understanding the new forms of work that emerge in the digital context and their exploitation in contemporary capitalism. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Direito (FD) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2024. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Direito |
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Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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